As 8 melhores roadtrips para fazer na Argentina

10 April 2025

Percorrer a Argentina é uma experiência imperdível para qualquer turista: você pode conhecer destinos imperdíveis sobre quatro rodas, com a liberdade de se perder em recantos mágicos. 

Paisagens alpinas, de selva e costeiras são algumas das alternativas para o turismo de carro na Argentina. Nada melhor do que subir, dar o play na banda favorita e deixar-se levar pelas rotas e paisagens tão diversas quanto cativantes.

  

É impossível falar de roadtrips na Argentina sem mencionar a icônica Ruta 40, um trecho de mais de 5200 quilômetros que atravessa o país de norte a sul e é a maior testemunha da diversidade de paisagens que o território oferece. Aventureiros de todo o mundo têm isso em sua lista de viagens pendentes e há muitos motivos.


Norte, sul, espelhos d'água, cachoeiras, desertos, vinhedos, parques nacionais, mar. Escolher um único destino é impossível, mas, para facilitar o trabalho, esta é a seleção das melhores roadtrips para fazer em solo argentino. As rotas podem ser combinadas e, por que não, viajar pela Argentina de ponta a ponta.

Ruta de los Siete Lagos, Neuquén

A Ruta de los Siete Lagos é composta por 110 quilômetros de florestas, lagos patagônicos e picos nevados, passando por vilas típicas do sul do país. A Ruta 40 é tingida de verde, azul claro e branco para dar origem a uma experiência única que atravessa dois Parques Nacionais: Nahuel Huapi e Lanín.

Esta estrada emblemática é uma meca para famílias, grupos de amigos, casais e qualquer pessoa que queira se conectar com o coração da Patagônia. O passeio é projetado para que o viajante entre em recantos mágicos, de San Martín de los Andes a Villa la Angostura. Seus ótimos pontos imperdíveis capturam os melhores cartões postais e permitem uma abordagem incomparável da natureza.


Os famosos sete lagos que dão nome ao circuito são: Lago Lácar, Lago Machónico, Lago Villarino, Lago Falkner, Lago Escondido, Lago Espejo e Lago Correntoso. Em alguns lugares da região, acampar e passar a noite à beira da água são permitidos. Para completar a aventura, você deve visitar cidades como Villa La Angostura, Bariloche, San Martín de los Andes e a incrível Villa Traful, destinos que também oferecem pistas de esqui  incríveis para desfrutar no inverno, entre julho e agosto. Há também acomodações de todos os tipos, desde hotéis luxuosos até cabanas e glampings


Quando ir? Idealmente de dezembro a março, meses perfeitos para aproveitar o calor do verão.

Quantos dias? A Patagônia merece um mínimo de 15 dias para poder admirar suas maravilhas sem pressa.

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Norte da Argentina: Tucumán, Salta e Jujuy

Outro trecho impressionante que percorre a Ruta 40. Desta vez, as rodas pisam em tesouros nacionais coloridos oferecidos pelas províncias de Tucumán, Salta – apelidada de "La Linda" – e Jujuy. Vinhedos, montanhas, salinas, vales, gastronomia e uma road trip que tem de tudo.

Existem duas rotas principais que atravessam os principais destinos imperdíveis: a 40 e a 9. De San Miguel de Tucumán, cidade que testemunhou a declaração da independência argentina, você começa a viagem subindo para chegar à capital Salta. Em "La Linda", recomenda-se aos turistas que experimentem as melhores empanadas salteñas enquanto caminham por uma cidade cheia de história. Em uma viagem de três horas, você chegará a Jujuy, para iniciar a estrada cor de terra com paradas obrigatórias para observar a paisagem durante a rota 9.


Em primeiro lugar, a cidade de Purmamarca  – que se desvia pela rota 52, que se conecta mais tarde com a Ruta 40 – abriga o Cerro de los Siete Colores e tem um centro inundado de artesanato típico da região. A 66 km, as Salinas Grandes dão postais brancos com brilhos celestiais, num passeio que impacta todos os sentidos. Voltando à Rota 9, a cidade de Maimará também entra para a lista de cores com seu cerro Paleta del Pintor e Tilcara permite um passeio por sua pitoresca cidade e uma caminhada até o Pucará, uma fortaleza com vista para os cerros.


Ainda mais ao norte, você chega a Humahuaca, lar de uma das festas mais populares do país: o carnaval. Esta cidade é o ponto de partida para conhecer outra das joias de Jujuy: a Serranía del Hornocal - conhecida como o Cerro de los Catorce Colores -. Para completar esta área de pequenas vilas, a passagem por Iruya é necessária para vivenciar a cultura do norte e continuar tirando fotos para lembrar.

A roadtrip, como se lhe faltasse outra coisa, inclui também uma rota do vinho. Porque estar na Argentina e não provar seu vinho é quase imperdoável. E Salta deslumbra com sua variedade estrela, Torrontés. As localidades para o enoturismo são Cafayate, San Carlos, Cachi, Molinos e La Viña.


Quando ir? As melhores épocas são o outono e a primavera (maio, junho, outubro e novembro) porque não é tão quente quanto no verão.

Quantos dias? 10 dias para conhecer os pontos turísticos imperdíveis, fazer a rota do vinho e aproveitar para apreciar as paisagens.

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Litoral argentino: Entre Ríos, Corrientes e Misiones

Uma viagem que atravessa selvas subtropicais, Parques Nacionais, estuários e uma biodiversidade única. O grande protagonista? As Cataratas del Iguazú, em Misiones, são consideradas uma das sete maravilhas naturais do mundo.


As paradas de carro para percorrer o litoral argentino percorrem três províncias: Entre Ríos, Corrientes e Misiones, principalmente pela Ruta Nacional 14. Entre Ríos é ideal para começar a viagem com uma dose de relaxamento termal. As cidades de Colón, Federación e Villa Elisa são conhecidas por seus complexos termais. Destaca-se também o Carnaval de Gualeguaychú, um dos mais importantes da Argentina. E não perca o Parque Nacional El Palmar, que protege as singulares palmeiras yatay.


Em Corrientes, a principal atração são os Esteros del Iberá, um dos maiores pântanos de água doce do planeta. Você pode fazer passeios de barco, safáris fotográficos, caminhadas guiadas e observação da vida selvagem, como capivaras, veados do pântano e pássaros endêmicos.


Em Misiones, além das Cataratas del Iguazú, recomenda-se visitar destinos como Oberá, Aristóbulo del Valle e as quedas d'água dos Saltos do Moconá. Você também pode visitar as Reduções Jesuíticas, declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e o Parque Provincial Salto Encantado.


Quando ir? Entre março e junho, ou na primavera (setembro a novembro).

Quantos dias? Aproximadamente 10 dias para poder desfrutar de cada região sem pressa.

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Costa Atlântica: Pinamar, Mar del Plata e Necochea

A Argentina é caracterizada por sua inesgotável variedade de paisagens, por isso o fator mar e praia não pode faltar, principalmente quando as paradas técnicas envolvem gastronomia, florestas, dunas de areia, falésias e amplas praias. O viajante pode pegar a Rota 2 e vir desfrutar da Costa Atlântica.


Principais destinos

  • Pinamar: é a primeira pausa de Buenos Aires, combina mar e floresta em um ambiente exclusivo. Ideal para famílias e grupos de amigos.
  • Cariló: a poucos minutos de Pinamar, é uma das florestas mais charmosas da província, com ruas de areia, casas escondidas entre pinheiros e uma excelente oferta gastronômica.
  • Mar del Plata: a cidade balneária mais importante do país. Oferece praias, porto, vida noturna, teatros e uma excelente proposta gastronômica.
  • Chapadmalal: no caminho para Necochea, oferece tranquilidade e falésias.
  • Necochea: praias extensas, menos movimentadas e com opções para esportes aquáticos ou relaxamento.


Quando ir? Janeiro e fevereiro são alta temporada; dezembro e março oferecem mais tranquilidade e bom tempo.

Quantos dias? De 7 a 10 dias para viajar sem pressa.

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Rota do vinho em Mendoza

Se há uma coisa que identifica a Argentina, é a qualidade de seus vinhos. A Ruta 40 está mais uma vez no centro das atenções em uma província como Mendoza com um objetivo claro: criar variedades de vinho incríveis que atraiam paladares internacionais.

A jornada do vinho por excelência é vivida em Mendoza, reconhecida entre as 10 Great Wine Capitals do mundo. Produzindo 78% do vinho do país, é perfeita para o turismo automóvel, desde as suas vinhas às suas paisagens imperdíveis e atividades ao ar livre.


Regiões vinícolas

  • Cidade de Mendoza e arredores: boa base para explorar antigas vinícolas em Maipú, Guaymallén, Luján de Cuyo, Godoy Cruz e Las Heras.
  • Leste de Mendoza: A Ruta 7 dá acesso a áreas produtivas como Rivadavia, San Martín, Junín e Santa Rosa.
  • Oeste montanhoso: em direção às Termas de Cacheuta, Potrerillos (ideal para esportes de aventura) e Uspallata.
  • Valle de Uco: ícone do vinho premium argentino. Há a Zuccardi Valle de Uco, eleita como a melhor vinícola do mundo pela The World's Best Vineyards (2019 e 2020). Salentein também está no top 25 global.
  • San Rafael: ao sul, é outra área vinícola destacada, perto do Cañón del Atuel, uma das paisagens mais impressionantes de Mendoza.


Festa Nacional da Vindima

É realizada entre fevereiro e março e foi reconhecida pela National Geographic como o segundo festival de colheita mais importante do mundo. Inclui shows, desfiles e colheitas departamentais que culminam em um show central com a eleição de uma rainha.


Quando ir? Primavera (setembro a dezembro) e época de colheita (fevereiro a abril).

Quantos dias? De 10 a 15 dias para percorrer bem a província e desfrutar de sua cultura vinícola.

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Parque Nacional Los Glaciares: El Chaltén e Calafate, Santa Cruz

El Chaltén é a capital nacional do trekking, com trilhas de diferentes dificuldades que levam a maravilhas naturais coroadas de lagoas, picos nevados e cachoeiras. As viagens duram de minutos a horas e até dias, então você deve estar preparado para desgastar as solas dos sapatos. Mas, além dos passeios impressionantes, conhecer esta cidade e seus arredores de carro complementa perfeitamente o plano.


Trilhas imperdíveis em El Chaltén

  • Laguna de los Tres: para obter o clássico cartão postal do Cerro Fitz Roy, 3359 metros.
  • Laguna Capri: Uma caminhada mais acessível e com excelentes vistas.
  • Loma del Pliegue Tumbado: ver o Fitz Roy de outra perspectiva.
  • Laguna Torre: outra excursão imperdível que culmina em frente ao Cerro Torre.


A 3 horas e meia de El Chaltén, percorrendo um trecho da Ruta 40 e margeando o Lago Viedma e o Lago Argentino, você chegará a El Calafate, terra de geleiras. A cidade possui boa infraestrutura turística, restaurantes e excursões ao Parque Nacional Los Glaciares.

O protagonista absoluto é o Glaciar Perito Moreno, um dos poucos glaciares do mundo que ainda está avançando. A passarela mais famosa do país permite as melhores vistas panorâmicas dos 250 km² que fazem parte da geleira. Você também pode alugar uma navegação no Lago Argentino ou fazer trekking no gelo.


Outras geleiras e atividades

  • Navegação até as geleiras Upsala e Spegazzini.
  • Museu Glaciarium, Centro de Interpretação do Gelo Patagônico.
  • Caminhadas pela estepe patagônica, safáris fotográficos e observação de aves.


Quando ir? A melhor época é de outubro a abril, quando há temperaturas mais agradáveis e boas acessibilidades.

Quantos dias? Mínimo de 10 dias para visitar os dois destinos sem pressa.

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Fim do Mundo: Parque Nacional Tierra del Fuego

A adrenalina de percorrer as rotas argentinas mais meridionais do mundo é tudo o que é necessário para colocar a primeira marcha e conhecer o que Ushuaia, na Terra do Fogo, tem a oferecer. A cidade, com sua icônica baía decorada com picos cobertos de neve, é o cartão postal mais clássico da região e aquele que rouba mais do que um suspiro.

Além do centro com seu Museu Marítimo e o Presídio – chave para entender a história da cidade – o Fim do Mundo recompensa o viajante com lagos, gastronomia e um incrível Parque Nacional como o de Tierra del Fuego.


O que fazer na região

  • Ruta Nacional 3: permite percorrer a ilha com vista para o Lago Escondido e o Lago Fagnano. Você tem que parar no Passo Garibaldi, um imponente mirante natural.
  • Parque Nacional Tierra del Fuego: localizado a apenas 12 km do centro de Ushuaia, oferece trilhas por florestas, cachoeiras e lagoas. São 63.000 hectares protegidos ideais para trekking.
  • Trem do Fim do Mundo: uma rota turística que lembra o antigo trem dos prisioneiros, com vista para o parque.
  • Navegação pelo Canal de Beagle: visitar o Farol Les Éclaireurs (também chamado de Farol do Fim do Mundo) e ver pinguins de Magalhães, lobos marinhos e corvos-marinhos.


Gastronomia local

Impossível sair sem tentar:

  • Santola fueguina (recomendado na temporada de pesca, de junho a setembro).
  • Cordeiro patagônico.
  • Truta de rios cristalinos.


Quando ir? A roadtrip encontra sua melhor versão entre outubro e abril, meses mais amenos e dias mais longos.

Quantos dias? Mínimo de 7 dias para desfrutar do parque, da cidade e seus arredores.

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La Rioja e San Juan: Parques Nacionais Ischigualasto e Talampaya

Visitar os Parques Nacionais de Ischigualasto (San Juan) e Talampaya (La Rioja) é o mais próximo que você pode chegar de caminhar na lua. Por quê? Pela particularidade geológica de suas terras, formações e cores. Não foi à toa que foram declarados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Vestígios fósseis do Período Triássico da Era Mesozóica foram encontrados nesses lugares.

Ambos os parques estão próximos um do outro e compartilham muitas das paisagens típicas. Um bom ponto intermediário para conhecê-los é Villa Unión, uma cidade de La Rioja com boa infraestrutura turística. A Ruta Nacional 150 atravessa ambas os patrimônios.


Experiências em destaque

  • Ischigualasto, San Juan (Valle de la Luna): é um passeio de carro obrigatório com guia. É visitado em caravana através de circuitos que permitem apreciar formações como o Hongo, Cancha de Bochas e El Submarino.
  • Excursão noturna: se a viagem coincidir com a lua cheia, são organizados passeios sob as estrelas, imperdíveis para os fotógrafos.
  • Talampaya, La Rioja: o cânion de mais de 100 metros de altura impressiona por sua escala e cor avermelhada. Há excursões em combis, bicicletas e a possibilidade de acampar sob um dos céus mais claros do mundo.


Quando ir? Primavera e outono, pois o verão traz chuvas fortes e o inverno temperaturas muito baixas.

Quantos dias? 7 dias para aproveitar os dois parques e explorar a área sem pressa.

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Dicas importantes para fazer roadtrips na Argentina

  • Planeje bem a rota e as distâncias: O uso de aplicativos como o Google Maps ou outros específicos para rotas argentinas pode evitar contratempos.
  • Verifique o estado das estradas através de sites oficiais, como Vialidad Nacional, que relatam cortes, desvios e obras.
  • Encha o tanque nas principais localidades: Em muitos trechos (especialmente na Patagônia ou no norte) há longas distâncias sem postos de gasolina.
  • Respeite a velocidade e leve a documentação: Para dirigir na Argentina, os estrangeiros podem usar sua carteira nacional válida por até 90 dias. Se estiver em um idioma diferente do espanhol, é recomendável acompanhá-lo com uma permissão de motorista internacional (IDP). Esta licença é válida por um ano ou até o vencimento da licença nacional. Na Argentina, é emitido pelo Automóvil Club Argentino (ACA).
  • Baixe mapas offline: Em muitas áreas, a conexão pode ser limitada. Aplicativos como Maps.me ou Google Maps offline podem ser de grande ajuda.
  • Elementos de segurança e abrigo: Nunca é demais levar equipamentos de segurança e um kit de primeiros socorros, especialmente se você planeja acampar ou fazer longos períodos sem serviços.


Com esses oito circuitos, fica claro que a Argentina de carro é uma aventura imperdível. Pode ser feito na íntegra, ou selecionar os destinos de interesse e planejar a próxima viagem: basta estar disposto a explorar e sair com o tanque pronto.