Onde comer em Buenos Aires: 6 restaurantes no bairro de Recoleta
Um bairro onde os edifícios de época são protagonistas, as ruas se tingem de história e o verde salpica o pavimento de vez em quando. Mas nos cantos históricos também se encontram maravilhas gastronômicas que valem a pena saborear.
Clássicos, inovadores, para o paladar exigente e outros que convidam qualquer comensal que simplesmente queira se divertir com um grande banquete. Há até aqueles que aparecem em rankings internacionais renomados. Mas Recoleta é muito mais do que seu famoso cemitério, e os cantos inexplorados oferecem apenas uma amostra das joias gastronômicas mais destacadas da Cidade de Buenos Aires.
Aramburu
(Vicente López 1661)
Uma das estrelas do passeio, ou melhor, 2 estrelas... Michelin. A razão? Faz parte do Relais & Châteaux, uma organização internacional que reúne os restaurantes de luxo mais importantes do mundo. Seu proprietário, Gonzalo Aramburu, aposta em uma experiência sensorial que vincula a cultura local com produtos argentinos de primeira qualidade. O resultado são pratos criativos com aromas únicos, onde cada mordida é uma viagem de ida para quem escolhe essa coordenada como sua decisão culinária do dia. Como todo bom restaurante, a carta de vinhos também se destaca, criando uma simbiose perfeita entre sabores e harmonizações de mais de 120 rótulos disponíveis. Além disso, permaneceu por cinco anos consecutivos entre os 50 melhores restaurantes da América Latina, de acordo com o prestigioso ranking The World's Best, e recentemente, em novembro de 2023, recebeu 2 estrelas Michelin, sendo o único restaurante da Argentina a receber essa distinção.
Lima
(Rodríguez Peña 1967)
A culinária nikkei encontra seu lugar no bairro de Recoleta. Técnicas orientais tradicionais que fundem perfeitamente a culinária peruano-japonesa: ceviches, causas limeñas, tartares de sake e sushis com toques vanguardistas. A gastronomia está à altura do local onde se encontra, com um teto de vidro que oferece vistas do céu estrelado entrelaçado com algumas árvores. As luzes suaves, o balcão à vista e a louça completam o perfil de um restaurante de alta qualidade escondido neste canto de Buenos Aires.
El Burladero
(Uriburu 1488)
O canto espanhol que nunca falha em uma cidade onde a gastronomia espanhola é comum. Com uma decoração envolvendo bandeiras vermelhas e amarelas e camisetas, este lugar exala gastronomia espanhola em todos os seus formatos, respeitando receitas originais e proporcionando uma experiência única. Frutos do mar não faltam no cardápio, assim como a tortilla, camarões ao alho, pernas de presunto e até os famosos churros com chocolate quente. No aspecto das bebidas, destacam-se o tinto de verão e a sidra. O fato curioso é que recebeu a certificação como embaixador da cozinha espanhola de qualidade na Argentina, sendo o primeiro restaurante a obter essa distinção dentro do país.
Rufino
(Quintana 465)
Escondido no subsolo de um hotel boutique está este restaurante especializado no melhor que a Argentina tem a oferecer: carne bovina. Todo o menu de grelhados é digno de ser degustado, com referências às empanadas de carne e aos acompanhamentos de vegetais disponíveis. Cortes como bife de chorizo, fraldinha e filé mignon são os favoritos, embora também preparem costeletas de cordeiro e lombinhos de porco. Mesas de madeira combinadas com estofados de couro e garrafas de vinho camufladas na decoração tornam o ambiente ideal para relaxar no bairro.
Invernadero
(Agüero 2502)
O segredo mais bem guardado da Biblioteca Nacional. O cenário é espetacular porque tem como premissa vistas da arquitetura de um dos lugares mais bonitos da cidade: a biblioteca. Mas, além do pano de fundo, este bar se especializa em gin tirado, feito com processos de destilação interna, o que possibilita um extenso menu de coquetéis para todos os gostos. O acompanhamento culinário inclui uma seleção de tapas que vão desde tortilla até tartare de truta, berinjelas assadas, chipá recheado e carne argentina.
Marti
(Rodríguez Peña 1973)
Um restaurante vegetariano liderado pelo famoso chef Germán Martitegui. No passado, foi proprietário do Tegui, um dos 10 melhores restaurantes da América Latina de acordo com os 50 Melhores Restaurantes da América Latina. Após essa fase de sua vida, ele abriu as portas de um novo local gastronômico sem carnes. A entrada é através de uma loja de design de roupas, atravessando um corredor para chegar ao local. O cardápio reúne toques gourmet que caracterizam a mente brilhante por trás, e a estrela é o shawarma de cogumelos, uma proposta inovadora que chama a atenção dos mais curiosos. Nhoque de ricota e cogumelos, salsifi grelhado com amendoim e mais pratos vanguardistas. A novidade é que, além de oferecer lugares para almoço e jantar, também apresenta alternativas para brunch. Também foi mencionado no Guia Michelin como um dos restaurantes recomendados em Buenos Aires.