O jaguaretê na Argentina: onde vive e que curiosidades esconde

Dois filhotes de jaguaretês silvestres nasceram nos Esteros del Iberá, um evento transcendental no país. Qual é a história por trás desse animal símbolo da fauna argentina? Onde habita e quais são suas características?

O maior felino da América também é um animal emblemático do país do Fim do Mundo. Tanto que em 2001 ele foi declarado Monumento Natural Nacional, uma honra que compartilha com o huemul (veado), a baleia franca austral e a taruca (veado).


Os 250 centímetros de longitud, 65-80 centímetros de altura e 50-100 quilos são evidências suficientes para apoiar o significado de seu nome em Guarani: "a verdadeira besta". Uma mandíbula capaz de quebrar ossos, garras e pernas que lhe dão a particularidade de ser um grande nadador e uma pelagem ideal para se misturar com a natureza ao atacar sua presa.

Imponente e majestoso, o jaguaretê vive na Argentina desde o início do século XX, mas a progressiva destruição de seu habitat junto com a caça furtiva levou-o a ser considerado uma espécie criticamente ameaçada de extinção. Na verdade, hoje existem apenas 250 espécimes no território (5% de sua distribuição histórica).


Detectá-lo é um feito e tanto. Mas os aventureiros não perdem a esperança de fotografar suas manchas negras únicas na forma de rosetas na selva missionária, as Yungas de Salta e Jujuy e alguns setores da região do Chaco.

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O projeto de reintrodução do jaguaretê em Corrientes


Faz mais de 70 anos desde que o predador foi extinto das terras correntinas. Mas o Parque Iberá, com uma área de 1,3 milhão de hectares, é postulado como o lar perfeito para recebê-lo novamente de braços abertos. Por essa razão, em 2012, um projeto começou com um único objetivo: reintroduzir a espécie na província. Assim, com a ajuda da Fundación Rewilding Argentina, do governo de Corrientes e das autoridades ambientais nacionais, foi criado o Centro de Reintrodução do Jaguaretê (CRY). Desde então, os especialistas do centro trabalham para garantir que o animal esteja fora de perigo e possa continuar se reproduzindo.


Após seis anos da criação do CRY, nasceram os primeiros filhotes: Arami e Mbarete. Em 2021, Arami foi lançada, marcando um marco na causa. O motivo? Um ano depois, ela deu à luz dois filhotes nascidos em plena liberdade, fato que devolve a ilusão ao projeto. "A população de Iberá terá dez jaguaretês livres, o que é extremamente importante considerando que em toda a região do Chaco na Argentina estima-se que apenas cerca de 15 indivíduos sobrevivem", diz Sebastián Di Martino, Diretor de Conservação da Fundación Rewilding Argentina.

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