Dia do Vinho como bebida nacional: 4 vinícolas argentinas dignas de recordes

Hoje comemoramos seu dia oficial, e por isso, o que melhor do que um racconto das vinícolas mais curiosas do país.

O vinho faz parte da cultura argentina como o asado, o tango e Maradona. Taça na mão e paisagens incríveis, não há desculpa melhor para pisar em solo argentino:   

A história é assim: em 24 de novembro, lá pelo ano de 2013, a Lei nº 26.870 declarou o vinho argentino como a bebida nacional. Era necessário fazê-lo oficialmente? Sim, claro, porque a cultura do vinho argentino é um retumbante sim, e este dia busca difundir tudo o que implica sua produção, elaboração, consumo e até mesmo as tradições que este maravilhoso néctar de uvas traz para a frente.  

 

Você sabia que as terras azul claro e brancas estão confortavelmente posicionadas entre as cinco maiores produtoras do mundo? O país tem cerca de 223.585 hectares cultivados com vinhedos, por isso os suspiros causados pelo solo nacional sobram. Estamos falando, nada mais e nada menos do que a região vitivinícola mais importante do sul da América. Os números não mentem, e se de 23 províncias, há 19 que realizam a produção da bebida de tonalidades violáceas, algum motivo deve existir, certo? E o melhor é que a variedade climática da pátria argentina permite cepas e cores para todos os gostos: Malbec, Cereza, Bonarda, Criolla Grande, Cabernet Sauvingnon, Syrah, Torrontés e muitas mais.   

 

Se seu corpo e atravessado pela adrenalina, o fanatismo pelas paisagens e o desejo de saciar seu paladar de enólogo, então não perca esta lista:  

1. Viñas de Uquía, a vinícola mais alta da América e Europa

Fica em Jujuy, mais precisamente no coração da Quebrada de Humahuaca, e sua Cava Mina Moya está a 3640 metros acima do nível do mar. As condições de temperatura e umidade são ideais para estivar vinhos vermelhos e brancos. E embora soe incrível pela qualidade de suas uvas, ela está localizada no buraco de uma mina abandonada. A vinícola produz vinhos orgânicos e sua garrafa estrela – Uraqui Minero Corte A 2016 – ganhou os aplausos do prestigiado Master of Wine, Tim Atkins, em seu relatório de 2018. 

Além disso, ela abriga uma pousada que permite experiências de enoturismo, caminhadas, gastronomia regional e a quantidade certa de natureza para se conectar com a calidez da energia do norte.   

1.Otronia, uma das vinícolas mais austrais da América do Sul

Por dez anos ela for mantida em segredo e a pergunta de um milhão de dólares é: como se sustentou? Felizmente, 2020 chegou para quebrar o silêncio e, em 3 de março, uma nova região vinícola foi revelada para o mundo. Em um planalto de não mais de 300 metros acima do nível do mar, mas em um dos pontos mais ao sul e mais frios da província de Chubut e do país, está localizada Otronia.  

Fica na localidade de Sarmiento, no coração da Patagônia, entre a cordilheira e o Oceano Atlântico. Razão suficiente para visitá-la, não é? A verdade é que as estatísticas também jogam a seu favor, porque mais uma vez o prestigiado jornalista e Master of Wine Tim Atkins destacou o país quando escolheu a Juan Pablo Murgia - fundador do vinhedo - como "Jovem Enólogo do Ano 2020" em seu Argentina Special Report.  

Que variedades podem ser experimentas? Pinot Noir, Chardonnay, Gewürztraminer e Pinot Gris. Devido à amplitude térmica do local, o perfil dos vinhos é de aromas puros e boa acidez.  

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3. Los Amaichas, uma das três vinícolas comunitárias rurais do mundo e a primeira na América do Sul

Também no norte da Argentina, desta vez em Tucumán, está localizada a Vinícola Comunitária Los Amaichas que - como o próprio nome sugere - está dentro da comunidade indígena de Amaicha del Valle. 

Para quem não o conhece, se trata de um povoado da Grande Nação Diaguita, que mantém seu sistema político liderado por um Cacique, um Conselho dos Anciãos e uma Assembleia. A criação da vinícola, então, foi uma maneira maravilhosa de se integrar socialmente. São aproximadamente 60 famílias que trabalham juntas para produzir vinhos completamente requintados e em harmonia com a Mãe Terra. A joia local é o Sumak Kawsay que em Quechua se traduz como “o bom viver”. Você tem alguma dúvida? Experimentá-lo é 100% parte da equação em uma visita à localidade.   

4. Zuccardi Valle de Uco, a melhor vinícola do mundo por três anos consecutivos

Sim, a melhor vinícola do mundo é argentina. Piedra Infinita abriu suas portas há seis anos na Província de Mendoza, e a metade desse tempo foi premiada pelo The World's Best Vineyard. A fórmula para o sucesso? Vinhos do mais alto nível, degustações que fazem o paladar de cada um de seus comensais dançar e uma arquitetura maravilhosa que seduz viajantes de todo o mundo. A paisagem de Mendoza, é claro, melhora a questão: o verde sem fim e a adrenalina de estar ao pé da Cordillera de los Andes. É precisamente esse quadro natural que deu origem ao nome da vinícola, uma vez que faz alusão ao infinito natural que a cerca.  

 

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